sexta-feira, 13 de abril de 2012

 INVESTIGAÇÃO/ VEREADORES SÃO VAIADOS
 
Quem compareceu nesta quinta-feira 12/04 à Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete com o objetivo de acompanhar a votação da aceitação ou não pelos vereadores das denúncias apresentadas pelo vereador José Milagres (PT) sobre possíveis irregularidades ocorridas na realização da Expolaf 2009, - alvo já de uma Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa proposta pelo Ministério Público de Minas Gerais -, saiu frustrado.
 
Repórteres que chegaram pouco antes da abertura da sessão ordinária puderam observar a movimentação nos bastidores. Alguns vereadores estavam reunidos com funcionários do setor jurídico na sala da presidência, enquanto o denunciante José Milagres permanecia em seu gabinete em reunião com sua própria assessoria jurídica.
 
Antes mesmo do começo dos trabalhos, os jornalistas já tinham a informação de que a votação não ocorreria na noite passada.
 
Insatisfação e vaias
 
 
Tão logo foi lida a Ordem do dia informando o que seria discutido e votado na sessão desta quinta-feira, o público presente, ao notar que não fora citado nada referente às denúncias e ao pedido da formação de Comissão Processante em desfavor do prefeito José Milton (PSDB), se levantou, vaiou os vereadores, saiu do plenário e se postou na rua, em frente à Câmara, gritando palavras de ordem contra a corrupção e acusando alguns vereadores de conivência.
 
Minutos mais tarde, entendendo que haveria a leitura da denúncia sem a sua votação, os populares retornaram ao plenário, onde ouviram a explicação do presidente, José Ricardo Sírio (PMN).
 
Convocação do suplente
 
Zezé do Salão leu mensagem informando que o recebimento ou não da denúncia apresentada por José Milagres Nogueira não seria realizada naquela sessão devido à necessidade legal da convocação do colega de partido e suplente do petista, José Jorge Vitorino, para recomposição do quórum de votação, uma vez que o vereador denunciante estaria legalmente impedido de se manifestar. Zezé reafirmou que o recebimento da denúncia depende da aprovação por 2/3 da Câmara Municipal, ou seja, dos votos favoráveis de, pelo menos, oito vereadores.
 
 
Terminada a leitura da explicação, os presentes deixaram novamente o plenário após ouvir o pedido de desculpas feito por José Milagres e o apelo para que voltem nas próximas sessões, em que fará a defesa de sua denúncia e ocorrerá a votação pelos demais colegas.
 
José Milagres e o processo
 
A nova data desta votação pode ser nas próximas sessões terça-feira (17) ou quinta-feira (19), já que fica condicionada a diplomação do suplente José Jorge Vitorino pela Justiça Eleitoral.