INVESTIGAÇÃO/ VEREADORES SÃO VAIADOS
Quem
compareceu nesta quinta-feira 12/04 à Câmara Municipal de Conselheiro
Lafaiete com o objetivo de acompanhar a votação da aceitação ou não
pelos vereadores das denúncias apresentadas pelo vereador José Milagres
(PT) sobre possíveis irregularidades ocorridas na realização da Expolaf
2009, - alvo já de uma Ação Civil Pública por Ato de Improbidade
Administrativa proposta pelo Ministério Público de Minas Gerais -, saiu
frustrado.
Repórteres
que chegaram pouco antes da abertura da sessão ordinária puderam
observar a movimentação nos bastidores. Alguns vereadores estavam
reunidos com funcionários do setor jurídico na sala da presidência,
enquanto o denunciante José Milagres permanecia em seu gabinete em
reunião com sua própria assessoria jurídica.
Antes mesmo do começo dos trabalhos, os jornalistas já tinham a informação de que a votação não ocorreria na noite passada.
Insatisfação e vaias

Tão
logo foi lida a Ordem do dia informando o que seria discutido e votado
na sessão desta quinta-feira, o público presente, ao notar que não fora
citado nada referente às denúncias e ao pedido da formação de Comissão
Processante em desfavor do prefeito José Milton (PSDB), se levantou,
vaiou os vereadores, saiu do plenário e se postou na rua, em frente à
Câmara, gritando palavras de ordem contra a corrupção e acusando alguns
vereadores de conivência.
Minutos
mais tarde, entendendo que haveria a leitura da denúncia sem a sua
votação, os populares retornaram ao plenário, onde ouviram a explicação
do presidente, José Ricardo Sírio (PMN).
Convocação do suplente
Zezé
do Salão leu mensagem informando que o recebimento ou não da denúncia
apresentada por José Milagres Nogueira não seria realizada naquela
sessão devido à necessidade legal da convocação do colega de partido e
suplente do petista, José Jorge Vitorino, para recomposição do quórum de
votação, uma vez que o vereador denunciante estaria legalmente impedido
de se manifestar. Zezé reafirmou que o recebimento da denúncia depende
da aprovação por 2/3 da Câmara Municipal, ou seja, dos votos favoráveis
de, pelo menos, oito vereadores.

Terminada
a leitura da explicação, os presentes deixaram novamente o plenário
após ouvir o pedido de desculpas feito por José Milagres e o apelo para
que voltem nas próximas sessões, em que fará a defesa de sua denúncia e
ocorrerá a votação pelos demais colegas.

José Milagres e o processo
A
nova data desta votação pode ser nas próximas sessões terça-feira (17)
ou quinta-feira (19), já que fica condicionada a diplomação do suplente
José Jorge Vitorino pela Justiça Eleitoral.